segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Oitava Semana

Para não cansar os milhares de leitores desse blog (uau), posso dizer de antemão que a postagem da sétima semana diz muito já do que se passou nessa oitava, afinal, ele foi escrito durante a oitava semana, embora se referisse à anterior. Mas no útlimio dia, o filme já havia acabado, e comecei uma atividade com aquários. Não, eu não mudei de profissão. Na verdade, me inspirei em um amigo meu, que ia em lugares cheios de bugingangas, tipo bazar, armarinho, aqueles lugares onde vende tudo aquilo que parece legal, que certas senhoras até compram, mas que no fundo, a gente se pergunta para que servem. Esse amigo, chegava com uma baqueta de bateria, e começava a percurtir todas essas bugingangas. Ele tinha preferência por coisas de vidro e barro. Antes de ser mandado embora pelo segurança ou pelo dono da loja, ele era capaz de constatar aqueles materiais que faziam um som interessante. Foi aí que descobriu uma pequena loja perto do metrô Ana Rosa, que é praticamente imperceptível ao passante desatento, mas que quando você entra, encontra tantos cacarecos, que se pergunta como alguém pode sobreviver vendendo essas coisas, e o pior, é que tá sempre cheio lá dentro, geralmente com umas velhinhas animadas, com cabelo colorido.
Foi lá que ele encontrou uns aquários, cada um custa três reais. E cada um faz uma nota bem legal. Se você molhar a ponta do dedo e passar pela borda circular do arquário (eles são pequenos e circulares, como os aquários que aparecem em desenhos animados) - ele faz um som linear, muito interessante, a partir da vibração que o dedo estabelece no vidro. Colocando água no aquário, muda a nota. É bem curioso, embora não seja um material pedagógico ideal, pois é de vidro, muito frágil. Mas a novidade serviu para atrair a atenção das crianças. Colorindo a água de cada aquário, fizemos, na verdade, a gente tentou fazer um jogo, de cor e som. Fiz vários cartões coloridos, umas crianças seguravam determinado cartão, e a outra tocava os aquários de cor correspondente. Muitas brincadeiras de cor-som são possíveis com esses aquários coloridos. Outra bem legal é o professor executar padrões em três aquários, por explo, um verde, outro amarelo, e outro vermelho. E a criança tenta imitar a mesma sequência feita pelo professor ou por outra criança, respeitando a ordem das cores. Interessante que como cada aquário faz uma nota, dessa brincadeira surgem muitas melodias. As crianças ficam muito antentas porém, ao ato de execução em si, e às atratividades da água, do vidro e da cor. Mas até que algumas composições surgiram. Interessante que nessa aula, as crianças se dispersaram completamente, mas sempre havia uma ou duas que gravitavam do meu lado, compondo melodias comigo nos aquários. Depois se cansavam, mas aí, alguém que estava brincando se aproximamava e "brincava" comigo, e nessa descontração, nesse caos de aula, até que aconteceram muitas trocas. Um olhar que aguarda um sinal. Um som que atrai um olhar. É a melodia que sorri!

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