terça-feira, 22 de julho de 2008

terceira semana

riiiiiiing riiiiiing riiiiiiiiiiiiiiiiiing !!!

-
alô.
-Alô? É o Manuel??
- Sim...quem é?
- O do Blog?
- Ahn... eu mesmo...
- Como foram as aulas na última semana?
- Deu tudo errado... quem tá falando?
- Nossa, você parece que tá meio desanimadinho hein!
- Humpf, são três horas da manhã...o que você quer?? Eu já disse que não quero nenhum outro produto Tefônica!
- Ai! Não é nada disso! É que você não postou seu blog da terceira semana!
- ahn?
- Eu estou ansiosa uai !
- Espere um minuto, deixa eu acender a luminária e me sentar, não estou entendendo nada.
- Por que você ainda não escreveu?
- Não tive tempo, estou fazendo um curso, e também... mas peraí! Quem é você?? Por que está me ligando a essa hora?
- Fiquei ansiosa uai...
- Você já disse isso.
- Eu sou sua fã.
- ?!
- É ! Isso mesmo! Eu acompanho todos os seus passos! Sou sua fã !
- ai meu deus, acho que tomei o comprimido errado.
- Que foi? Não é ótimo isso? Ah confessa, dá uma levantadinha na moral isso de ter uma fã vai.
- Estou mesmo achando maravilhoso receber esse telefonema de madrugada. Levantou a minha moral.
- Sério?
- Não. Estou sendo irônico.
- Ai credo, que humor hein. Mas só me diz, você não teve tempo então de postar nada no blog?
- É. Estou fazendo uma oficina chamada "VI Oficina Ritmica de Dalcroze", com um professor brasileiro que mora na suiça, licenciado num instituto chamado "Intituto Dalcroze".
- O que é isso?
- Dalcroze foi um compositor que ficou muito importante por criar um método, que levou o nome dele, e nesse método ele propõe uma musicalização por meio da junção da música com o corpo e o movimento, então todos os conceitos musicais são aprendidos corporalmente antes e tem vários exercícios e
- Ah legal. E como estão sendo as aulas dessa oficina?
- Vou fazer uma postagem sobre isso mais tarde, ok? Posso desligar?
- E como foram suas aulas na última semana?
- Você é da ação comunitária? Já sei, eles mandaram você me ligar, foi isso. Estou sendo testado. Só pode ser.
- Que nada! Diga diga diga
- tá bom, tá bom! As aulas foram boas!
- Mas você não disse no começo que deu tudo errado?
- Mas foi boa mesmo assim.
- Como assim?
- Percebi algumas coisas, e não deram tão errado assim, as coisas que não funcionaram foi bom porque acho que sei porque não funcionaram.
- Oh, mas o que poderia ter saído errado, você é tão maravilhoso! Tão magnífico!
- Menos menos, por favor... o pessoal do blog vai achar que estou fazendo um elogio a mim mesmo...
- Que erros foram esses?
- Não sei, tive a nítida impressão que dar aula para um grupo de crianças envolve uma coisa próxima do que eu sinto quando estou num palco, é uma tensão contínua para conseguir manter a atenção deles.
- Nossa, elas são tão terríveis assim?
- São. Quer dizer, não é isso. É que elas realmente esperam alguma coisa da aula de música. Parece que elas precisam viver intensamente as coisas, se você não oferece essa intensidade para elas, elas seguram em algum outro cometa e saem voando.
- Nossa, mas tem cometa lá??
- É uma metáfora.
- Ahn. Então quer dizer que você tem que prender a atenção delas.
- Pois é, isso é óbvio. Pelo que vi existem algumas maneiras de fazer isso. A mais utilizada, e às vezes a mais eficaz é chamar a atenção dando uma bronca, exigindo silêncio, enfim, fazendo com que obedeçam, sigam a aula minimamente. Senão você realmente não consegue dar aula.
- Sei.
- Mas o problema é que a minha personalidade não favorece muito esse tipo de intervenção. Eu tenho um jeito mais calmo, estou tentando encontrar modos alternativos.
- Quais?
- Foi observando os educadores. Existe uma maneira toda especial de se reportar a um grupo de crianças. Quanto mais artística é essa maneira, mais eles embarcam. Pra mim é quase como incorporar um ator, um bufão ou outra figura semelhante, e tentar levar as crianças na viagem.
- Ahn. Os educadores fazem isso?
- Cada um tem o seu jeito, a sua habilidade. É verdade que um personagem comum de aparecer numa rotina com essas crianças endiabradas é aquela cara bem brava que diz "Sossega menino !! Para com isso!!! Fica queto!! Sentadinhos agora!!".
- Mas e como você pretende fazer se não tem muito esse personagem mais rigoroso?
- Vou tentar outros, e também vou ter uma sala de música, onde vou poder colocar um som, instrumentos, enfim... vou ter mais recursos aos poucos. Tenho um som profissional que uso para trabalhar, que vou levar, acho que vai facilitar o envolvimento das crianças com outros tipos de música, o som bem nítido, sabe? Vou poder criar dinâmicas com desenho, e também posso usar o pátio que vai ficar do lado da sala.
- Nossa, eles vão quebrar tudo.
- Acho que não. Eu quero criar um clima diferente lá. Quero que seja um local que elas considerem como especial, não sei exatamente como, mas vou tentar fazer com que elas sintam que aquela sala é um refúgio.
- Acho que é você que quer um refúgio das crianças, elas vão brincar como em qualquer outro lugar.
- Talvez, mas tem o tapete, sofás, vai ter o som, o piano digital, e vou aos poucos trazer coisas para confeccionar junto com as crianças, chocalhos de Yakut, além das práticas com desenho, essas coisas, estava pensando em um modo de fazer com que elas sentissem ali um local aconchegante. Quem sabe até pintar alguma parte da sala com elas, com as cores que elas escolherem, ou fazer um quadro, não sei.
- Por que acha que elas mudariam o comportamento lá dentro?
- Acho que existem realmente alguns problemas disciplinares, algumas crianças mais difíceis, principalmente no 3º estágio, mas pelo que percebi, na maioria das vezes o que essas crianças indisciplinadas demonstram é um enorme carência de atenção, ou algo assim, elas na maioria das vezes desafiam você e ao mesmo tempo te cobram alguma coisa, sinto isso.
- Entendo, mas na sala isso mudaria?
- Eu queria levar turmas menores lá, para poder dar realmente uma atenção diferenciada.
- Ah tá, mas aí você está trapaceando não é?
- Se isso fosse uma competição, certamente. As educadoras, por exemplo, no contexto da creche do São Norberto, não podem se dar ao luxo de dividir as turmas, existe uma enorme procura por vagas, e em torno de 20 crianças são colocadas na sala, na escola pública esse número aumenta ainda mais.
- E você já tem uma sala própria e ainda quer dividir as turmas?
- Não todas e nem sempre. Preciso conversar com a coordenação da creche sobre isso. O meu argumento é o seguinte: musicalização é um processo muito delicado, porque só é possível um processo de musicalização quando a criança realmente se envolve emocionalmente. A musicalização antes de tudo é sensibilização, não se trata de "ensinar algo", mas sim de permitir ás crianças um momento sem carência, em paz, no qual elas utilizem os ouvidos para algo diferente do que escutar os adultos. Ou do que disputar algo com o colega. Realmente é necessário sair da rotina. Um bom momento desses vale mais do que mil aulas de música no qual o educador é identificado como mais um professor ao qual eles são obrigados a obedecer.
- Mas vai gerar um problema. Se você dividir turmas, uma parte da turma vai ter aula em um dia, e a outra, no outro. No total, em uma semana, a turma inteira terá tido apenas uma aula, e não duas, como teria de ser.
- Você é da Ação Comunitária né? A Irani ou o Márcio mandou você me ligar, é isso?
- Aff... desconfiado você hein...
- De qualquer modo eu iria lá duas vezes por semana. Acho que se funcionar, essa maneira pode fazer essa única aula, valer mais do que quatro vezes em sala de aula. E tem outra coisa... sabe aquilo que eu falei sobre "estar no palco"?
- Ah sei. Que dar aula é parecido como estar no palco.
- Isso. Só que quando a gente faz uma peça de teatro ou concerto, a gente se cansa. Eu senti um desgaste semelhante. Agora imagina você se submeter a esse desgaste durante 6 horas.
- Quer moleza?
- Não é isso. O que quero dizer, é que indo de sala em sala, com as turmas completas, com toda aquela energia acumulada que os educadores têm que administrar em sala de aula, e tentar passar algo sobre música, desgasta a ponto de fazer o rendimento das aulas da tarde serem inferiores aos das aulas da manhã.
- Eu acho que você precisa comer mais feijão.
- É, rs. Preciso, mas você há de convir, que é diferente ser um educador e ficar o dia todo com a turma, fazendo as atividades, do que ser o professor de música, que quando entra na sala, tem a obrigação de fazer algo diferente, as crianças ficam esperando isso. E a cada nova sala, você tem que ter intensidade 100%.
- Você está insinuando que o seu trabalho é mais difícil do que o dos educadores, ouvi bem?
- Não... talvez seja até mais fácil. Ou melhor, não importa. Só sei que são dinâmicas diferentes. Uma é aquela do educador que fica com a turma durante o dia, passa com eles momentos onde eles brincam com pecinhas, contam histórias, passam lições, aplicam o projeto, fazem anotações nas agendinhas, sepram brigas, enfim, acompanham uma rotina. No meu caso, eu faço o oposto, eu tenho que ser responsável por uma quebra na rotina. Se eu agir nas mesmas condições deles, a aula de música não vai quebrar essa rotina, vai ser apenas mais uma parte da rotina. E é aí que eu acho que a aula de música se tornaria infrutífera, porque é quebrando a rotina que a criança poderia mergulhar nesse universo de sensibilização.
- Ai, meu ouvido tá doendo.
- Ué, você que puxou o assunto.
- Então você acha que você tem que quebrar a rotina.
- Resumindo, é isso.
- Entendi, mas se os educadores se esforçam para manter uma rotina, não vai prejudicar você quebrar?
- Nem tanto. Os próprios educadores também dão surpresas aos alunos, é nesse ponto que as crianças respondem com o mais especial que elas têm. Acho que um dos maiores desafios dos educadores é que eles têm que ao mesmo tempo, passar às crianças a noção de uma rotina, de uma ordem, enfim, noções que muitas vezes podem estar faltando até em casa, e que toda criança precisa conhecer para não ficar perdida mais tarde no mundo adulto, e ao mesmo tempo, lidar com o caos que o universo infantil impõe, a magia, a criatividade, a dinâmica.
- Ainda bem que eu não sou educadora.
- Você faz o que?
- Eu sou fã, ué. Fã profissional.
- Não sei não, tou achando que você é da Ação Comunitária.
- Não não... vamos mudar de assunto. Então você volta na semana que vem, é isso?
- Sim. Vai ter o curso de educadores também. E também ganhei um presente legal na semana passada.
- É mesmo? Quem te deu?
- A Rose.
- Fiquei com ciúmes.
- É um livro bem legal chamado "Linha e Rodinha", tem muitos exercícios, muitas idéias de práticas com as crianças, vai ser muito útil, fiquei realmente muito agradecido. Ela deve ter lido o meu blog e pensado "vixe esse aí tá precisando de uma mão!!". Eu agradeço muito a ela!
- Grrrr.
- Para com isso, ciúmes!? Eu nem te conheço!
- Tem certeza?
- Bem... hoje eu liguei na ação comunitária e a pessoa que atendeu tinha uma voz que me lembra a sua...
- Eu hein, eu num fico servindo sopa pra pobre.
- Que horror! Essa é a visão que você das ONGs?
- Só quis eliminar suspeitas, entende?
- Tá. Preciso voltar a dormir. Amanhã o curso é cedo.
- Tudo bem. Já satisfiz um pouco da minha curiosidade.
- Escuta...
- Diz.
- Você não é mesmo da ação comunitária??
- Não...

imagiiiiiiiina.....

tuu tuu tuu tuu tuu

sábado, 12 de julho de 2008

segunda semana

A segunda semana foi de fato o meu Debut, e como era de se esperar, não saiu muito como eu planejei. Eu tinha pensado no primeiro dia somente acompanhar com a escaleta uma educadora contando uma historia, e depois tentar chamar atenção para o que eu havia tocado. Eu esperava que elas reconhecessem certas relações que geralmente se estabelecem entre um determinado som e uma idéia extra musical associada, como por exemplo: uma escala descendente, como algo que desce, e uma escala musical ascendente, como algo que está subindo. Me parece que não necessariamente as crianças sentem dessa forma, e talvez não seja necessario que elas sintam dessa forma. Talvez seja um erro meu querer construir uma relação entre as crianças e a música a partir do uso de "metáforas musicais", ou seja, som grave é o som do elefante, som agudo, do passarinho, som desse jeito é o trovão... visto que os sons da escaleta são aqueles sons da escaleta e não "outra coisa". Me parece que como adulto sempre me sinto ansioso para que as crianças "nomeiem" os sons, a minha sensação de que eles estão aprendendo está ligada à capacidade que eles mostram que estão se relacionando racionalmente com a música. Mas me pergunto... como será que eles ouvem a música dentro deles, quando não há essa intermediação? Esse "como" não dá pra colocar em palavras, da mesma forma que, no fundo, não dá pra colocar em palavras "o que um som quer dizer".
Eu realmente vou ter que parar e pensar no que fazer para a próxima semana. De todo modo vejo que atenção deles é breve.
Consegui um êxito maior quando desisti de propor um "modelo de apreciação" (no qual as crianças teriam de relacionar um som com uma estrutura específica), apresentando apenas o instrumento como se fosse uma pessoa, ou entidade.

A partir dessa "presença mágica", consegui uma atenção das crianças para criar jogos do tipo, som, silêncio, e variações de dinâmica (volume alto, volume baixo). Mais eficaz do que moldar uma apreciação é buscar modos de diálogo no qual as regras não exijam uma redução da abstração da musicalidade. Acho que fica estabelecida a "presença mágica" a partir do momento em que o instrumento mostra sua língua mais musical do que a nossa, verbal, e deixa de funcionar como código de comando.

Coloquei em prática o diálogo das crianças com ela, a minha ilustre e exigente convidada - a escaleta - (que eu apresentava às crianças como uma amiga minha que estava presa em sua caixa, e que tinha medo de crianças pois dizia que elas faziam muito barulho, o que me deixava propor às crianças fazer o "jogo do silêncio" para encorajar a minha amiguinha a sair da caixa e tocar algo). Consegui o envolvimento momentaneo absoluto, muito especial, de todas as crianças. Mas, quanto melhor o truque, menos ele dura.

Um problema surge quando um climax dá vasão à ansiedade criativa das crianças, que finalmente ultrapassam a linha misteriosa que os separou até então, e passam a querer brincar com o instrumento, e a disputar a minha atenção, e finalmente dispersarem toda aquela vontade de música que é também vontade de brincar, uma e outra, se misturando como deve ser, mas sem ter ainda como tomar forma, pois brincar de música exige um treinamento de escuta muito grande, e quando se fica afoito por música, por brincar, geralmente não se escuta muito...
O desafio é regular a "temperatura" provocando sempre um efeito de reconstrução daquele mistério inicial. Intercalar atividades sem instrumento pode ser também uma boa idéia para que eles não fiquem tão agitados a partir do momento em que se vejam na possibilidade de tocar.

As crianças do primeiro estágio me pareceram bem distantes do desempenho das crianças do 2º e 3º estágios. Nas do primeiro, tudo me pareceu muito "interno", me deu até uma sensação de ser totalmente extrangeiro ao mundo delas, e de não ter nenhum tipo de passaporte, como me sinto às vezes com bebês, com os quais eu ainda não consigo conversar muito bem. Nas do segundo e terceiro estágio, já sinto uma facilidade maior delas em absorver propostas de jogos, com regras etc, senti aliás, que meu passaporte com elas (e talvez com as mais novas também) é o jogo. Só me sinto entre elas quando consigo imergir com elas num jogo, ou relação mágica, de expectativa, novidade... é muito difícil manter isso. Devo criar jogos que envolvam um "despertar da escuta", e quem sabe, eu possa, na medida do possível, fazer com que a escuta em si, ofereça suas próprias regras. Quem sabe um dia...

quarta-feira, 9 de julho de 2008

a primeira semana.

Oi, fiquei muito feliz em receber sua carta.
Pois é, como você falou, a região do São Norberto é realmente bem carente. Bem, você me perguntou como foi minha primeira semana e eu posso lhe dizer que foi parecida com uma pré-estréia, só que sem o filme ainda. Eu trabalho às quintas e sextas-feiras. Na primeira quinta-feira, eu fui até a creche, aprendi o caminho e fiz a reunião com a direção; a Rose que é a Diretora da Creche (ou pelo menos isso foi o que me pareceu), e a Izabel, Coordenadora Pedagogica, e tem também a Elaine que acho que é assistente. Foi também uma representante da Açao Comunitária, putz, eu sou péssimo de nome, não sei se chamava Adriana, ou... sei que era uma mulher negra, de cabelos longos. Li o projeto pedagógico da creche, e vi o material que eles têm lá de música. Ah, você sabe né, sou educador cultural de música.

Na sexta cheguei às 8:00 e acompanhei a rotina da creche assistindo as atividades das educadoras do São Norberto. As crianças me perguntaram se eu sabia alguma musiquinha de criança, eu sei aquelas tipo "O Cravo Brigou com a Rosa", mas me pareceu meio antiguinha! Parece que estou meio desatualizado, elas sabem muitas musiquinhas, nossa, tenho que aprender algumas, você sabe alguma??

Bem, agora já é véspera da quinta e sexta da segunda semana, é quando eu vou começar de Fato a dar a primeira aula. Na Ação Comunitária parece que eles esperam que você faça um diagnóstico da turminha de crianças... mas eu sinto que quem precisa de um diagnóstico sou eu! Já deu pra sacar que Educação Infantil é um universo bem diferente das aulas de música que costumo dar para adultos, adolescentes e crianças maiores de 7 anos. Os pequenininhos estão inaugurando o olhar, e eu tenho que re-inaugurar o meu.

Amanhã eu pretendo conhecê-los melhor e ver se eu sou mesmo capaz. Vou levar a minha escaleta, que faz um som parecido com acordeon, aproveitando que vai ter festa junina no sábado. Vou pedir pra educadora contar uma história, enquanto ela vai contando eu vou tocando a escaleta como que fazendo a trilha sonora. Depois, na roda, eu vou fazer somente a trilha e ver se as crianças identificam de que parte da história era. Será que é muito bobo? Desse modo eu acho que vou conseguir sentir a capacidade de atenção das crianças, como elas reagem ao som que eu vou fazer, e ver se elas conseguem de repente até construir histórias novas a partir da música que eu estiver fazendo.

Na sexta-feira, vou fazer vários jogos de mãos, sendo que um vai ser de cantar o próprio nome assim:
eu canto "Qual é o seu nome?"
e a criança em roda responde: "Meu nome é xxxx"
Só que quando ela cantar o nome dela, tem que fazer junto algo com as mãos, batendo palmas ou no chão. E repetir depois três vezes. Quando ela começar a repetir todas as crianças devem fazer a mesma batida de palma, no mesmo ritmo que ela. E assim eu vejo se aprendo o nome das crianças também. Depois, posso tentar ver se elas conseguem identificar o nome de alguém pela forma de bater as mãos. É importante incentivar as crianças a não só baterem palmas, mas também fazer variações, batendo a mão no chao, ou os pés, ou outros gestos, pra gente se lembrar bem dela. Isso deve durar uns 10 minutos, depois tem a brincadeira siga o mestre, vou bolar várias variações para ela... preciso planejar melhor essa aula.

Bem é isso, não deixe de me escrever!
Valeu!
MANU

Será que dá pra sentar na janelinha?

Não. Começar é difícil. É como sentar na cadeirinha do teleférico com ele em movimento.
Então o jeito é começar de qualquer jeito, do jeito possível, do jeito que foi foi, melhor do que não ir.
Eu comecei a escrever pra organizar as minhas idéias e pra que alguém leia e escreva as suas.